Olhando para o mapa da região, a aldeia fica na ponta mais a nordeste da província de Cadiz, em pleno coração do Parque Natural Sierra Grazalema, uma reserva da Biosfera Unesco.
A temperatura é fantastica para viajar, chegamos a Zanhara cerca das 10 da manhã.
Zahara de la Sierra foi um importante entreposto comercial Mouro e a localização perfeita para construir uma fortaleza. A fronteira de Nasrid, que era naquele tempo uma complexa rede de torres de vigia e de muros de resistência que comunicavam entre si, percorriam todo o espaço exclusivo do Reino Mouro. Zahara esteve desde o início nas linhas da frente que trouxeram as conquistas e reconquistas cristãs entre os anos de 1407 e 1483.
Os cristãos ocuparam Zahara entre 1407 e até 1481, altura em que perderam a aldeia para os Nasrids. Com a importante queda e fim das influências de Zahara de la Sierra, ficou assim justificado o início da conhecida Guerra de Granada.
O castelo de Zahara de la Sierra foi uma das principais fortalezas que garantiram a protecção de Ronda e da cidade de Málaga das investidas cristãs. Os únicos habitantes da aldeia naqueles tempos eram soldados, e não haviam ali nem crianças nem mulheres.
Depois das numerosas batalhas e duras derrotas, as forças cristãs comandadas por Rodrigo Ponce de León, o Marquês de Cadiz, conquistaram finalmente aquela aldeia em 1483, tendo Ponce de León vencido o título de “Marquês de Zahara”
Uma caminhada pelo centro histórico desta aldeia é um verdadeiro regalo. Foi declarado Património da Humanidade da Unesco em 1977, assim com o seu Centro Histórico-Artístico (denominado Conjunto-Histórico) em 1983.
O castelo e a Torre del Homenaje são destaques absolutos de qualquer viagem a Zahara. O museu, que fica situado mesmo por cima da aldeia, e a caminho do castelo, não deve deixar de ser visto. Entre nele e tenha um fascinante vislumbre sobre o passado e o presente de Zahara.
A concluir...