sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Marrocos 2025 Pai e Filho e as suas motas

19 de Setembro 2005

Saímos de Lisboa com um trânsito infernal, o objetivo principal era ir jantar ao Adro, e dormir em Pias!

Amanha seguimos para Tarifa, e iremos entrar em Tânger. Para variar já temos história para contar, esqueci-me de fazer a extensão do seguro para Marrocos. Com alguma sorte , paciência e persistência, amanhã vou ter um Marroquino à saída do barco com o seguro feito! 65€ por 10 dias! Está bom!!!

siga para mais uma viagem

chegamos a Tarifa por volta das 13:02h o ferry saiu às 13h.

vamos conhecer Tarifa, almoçar e as 17 temos outro.

Viajar de mota com o meu filho é muito mais do que simplesmente percorrer estradas — é construir memórias, superar desafios e fortalecer laços que o tempo não apaga. 

Cada quilómetro que deixamos para trás carrega uma história, uma aprendizagem um olhar cúmplice no espelho retrovisor.


Os desafios são constantes. 

Há o cansaço que aparece forte depois de horas a rolar kms, as mudanças de clima , tudo isto tem de se ter em linha de conta.

Mas também há a paciência que aprendemos a ter um com o outro, o espírito de equipa que cresce a cada curva, e aquela sensação de liberdade que só quem viaja de mota percebe.


Já estivemos em lugares que tiram o fôlego — montanhas que tocam o céu, praias escondidas onde o tempo parece parar, vilas perdidas com pessoas que nos acolhem como se fôssemos de casa. 

Mas, acima de tudo, o destino mais valioso é o que construímos entre nós: a confiança, o respeito e o amor de pai e filho.


Sentir o vento na cara   ver o horizonte à nossa frente e saber que estamos juntos nessa jornada é motivo de um orgulho que não cabe no peito. 

Somos dois aventureiros, companheiros de estrada e de vida, partilhando cada rota como se fosse a primeira.


Porque viajar de moto é incrível. Mas viajar com o meu filho… é simplesmente inesquecível.

Decidimos ficar em Tetuan

Tetuán: duas décadas de transformação

Voltar a Tetuán depois de vinte anos é como abrir um álbum de memórias e, ao mesmo tempo, descobrir um novo mundo. A cidade que encontrei agora é muito diferente daquela que conheci há duas décadas – mais moderna, mais movimentada, mas ainda com o mesmo coração marroquino que lhe dá alma.

Há vinte anos, Tetuán tinha um ritmo mais pausado, quase provinciano. As ruas estreitas da medina, Património da Humanidade, mantinham-se quase intactas, com o branco das casas a contrastar com as portas coloridas. A vida concentrava-se no comércio local, nas pequenas oficinas, nos cafés simples onde os homens se reuniam para conversar e jogar cartas.

Hoje, a cidade mostra-se mais dinâmica. Os bairros cresceram, novas avenidas foram abertas, surgiram centros comerciais e hotéis que recebem cada vez mais turistas curiosos pela autenticidade do norte de Marrocos. Nota-se o investimento em infraestruturas, no trânsito mais organizado, nas escolas e universidades que deram a Tetuán um perfil mais jovem e cosmopolita.

Apesar disso, a cidade não perdeu a sua identidade. A medina continua viva, cheia de cores, aromas e sons. O artesanato local, a cerâmica, o couro e os tecidos continuam a ser símbolos de tradição, e passear pelas suas ruas estreitas é sentir que o tempo não passou.

O que mais me impressiona é a forma como Tetuán soube equilibrar tradição e modernidade. O contraste entre a medina histórica e as novas áreas urbanas mostra bem a evolução de uma cidade que não renega o passado, mas que também olha para o futuro.

Regressar a Tetuán, depois de vinte anos, foi perceber que a essência continua a mesma: uma cidade acolhedora, autêntica, com um charme especial que só o norte de Marrocos consegue transmitir. Mas também foi testemunhar o caminho de progresso que transformou o lugar onde o antigo e o novo convivem em harmonia.

Chefchaouen: a cidade azul que encanta

Entre as montanhas do Rif, no norte de Marrocos, ergue-se Chefchaouen, também conhecida como a “Cidade Azul”. Quem chega pela primeira vez percebe rapidamente por que razão este destino se tornou um dos mais fotogénicos e visitados do país. As suas ruas, escadas e casas pintadas em diferentes tons de azul criam uma atmosfera mágica, quase de conto.

Fundada em 1471, Chefchaouen nasceu como uma fortaleza para resistir às invasões portuguesas e, ao longo dos séculos, recebeu influências árabes, andaluzas e judaicas, que ainda hoje se refletem na arquitetura e nas tradições locais. Passear pela sua medina é mergulhar num labirinto de ruelas tranquilas, onde o ritmo é mais calmo do que em outras cidades marroquinas.

O azul que cobre a cidade é motivo de muitas histórias: alguns dizem que simboliza o céu e o paraíso, outros que foi introduzido pela comunidade judaica como símbolo espiritual. Seja qual for a origem, a verdade é que o efeito visual é único. Ao amanhecer, quando o sol toca suavemente as paredes, ou ao entardecer, quando a luz se torna dourada, cada canto parece um quadro vivo.

Para além da beleza da medina, Chefchaouen é também um ponto de partida para explorar a natureza. As montanhas do Rif oferecem trilhos de caminhada, cascatas como as de Akchour e paisagens verdejantes que surpreendem quem associa Marrocos apenas ao deserto.

A gastronomia local é outro destaque: o tajine preparado de forma caseira, o pão quente vendido nas ruas e o chá de menta servido com generosidade completam a experiência.

Visitar Chefchaouen é mais do que tirar fotografias às suas paredes azuis. É sentir a serenidade de um lugar que combina tradição, espiritualidade e hospitalidade. Uma cidade que, apesar de pequena, deixa uma grande marca em quem a descobre.

Fés – A Alma do Marrocos

Fés é uma das cidades mais fascinantes de Marrocos e, para muitos, a verdadeira alma do país.

Fundada no século VIII, foi durante séculos a capital e continua a ser um centro espiritual, cultural e artesanal que mantém viva a tradição marroquina.

A sua medina, classificada como Património Mundial da UNESCO, é um labirinto de ruelas estreitas, souks cheios de cor e cheiro, mesquitas e madraças centenárias.

Passear pela medina de Fés é como viajar no tempo: não há carros, apenas burros a transportar mercadorias, vendedores que chamam os clientes e oficinas de artesãos que ainda trabalham o couro, o cobre, a cerâmica e os tecidos como se o tempo tivesse parado.

Um dos lugares mais emblemáticos é a Universidade Al Quaraouiyine, fundada no ano 859, considerada a mais antiga universidade em funcionamento contínuo no mundo.

Ao lado, a mesquita do mesmo nome é um importante centro espiritual.

Outro ponto imperdível são as curtumes de Chouara, onde o couro é tratado em grandes tanques de pedra.

A visão é intensa e os cheiros também, mas este ofício continua a ser um dos símbolos de Fés.

A cidade também tem um lado mais moderno, com avenidas largas, cafés e hotéis, mas é na medina que se encontra a verdadeira essência: uma mistura de história, espiritualidade e vida quotidiana que encanta qualquer visitante.

Visitar Fés é mergulhar na tradição marroquina, é sentir o pulsar de um lugar que guarda séculos de cultura e de fé, e que continua a ser um dos destinos mais autênticos de Marrocos.

Merzouga, às portas do Saara

Merzouga é uma das vilas mais emblemáticas do deserto marroquino, situada na região de Drâa-Tafilalet, junto às imponentes dunas de Erg Chebbi. É aqui que muitos viajantes cumprem o sonho de ver o Saara de perto, num cenário que parece saído de um postal: montanhas de areia dourada que mudam de cor ao longo do dia, do laranja intenso do nascer do sol ao dourado suave do entardecer.

Apesar de pequena, Merzouga transformou-se num destino turístico de destaque, ponto de partida para excursões em camelos, noites em acampamentos nómadas e experiências únicas sob um céu estrelado, considerado um dos mais límpidos do mundo. A hospitalidade berbere é uma das marcas da vila: famílias locais recebem visitantes em casas tradicionais ou tendas, partilhando música, histórias e a saborosa gastronomia do deserto.

A natureza também mostra a sua força em Merzouga. Nas proximidades fica o Lago Dayet Srij, que durante as épocas de cheia atrai flamingos e outras aves migratórias, criando um contraste surpreendente com a aridez envolvente. Já as dunas de Erg Chebbi, que podem atingir cerca de 150 metros de altura, convidam à aventura: seja em caminhadas, passeios de camelo ou em veículos 4x4, a sensação é sempre a de atravessar um mar de areia sem fim.

Merzouga é mais do que um destino turístico — é uma experiência sensorial completa. Aqui, o silêncio do deserto, a imensidão da paisagem e o calor humano da comunidade local transformam a viagem em algo memorável, onde cada pôr do sol e cada noite sob as estrelas ficam gravados na memória.


Agdz, a porta do Vale do Dráa

Agdz, também conhecida como Agdez, é uma vila marroquina situada no coração do Vale do Dráa, entre Ouarzazate e Zagora. Pequena e tranquila, mas carregada de história, foi durante séculos um ponto de paragem essencial nas antigas rotas das caravanas que ligavam Marraquexe ao deserto do Saara.

À chegada, a paisagem conquista de imediato: uma sucessão de palmeirais intermináveis contrasta com as montanhas áridas e com a imponência do Jebel Kissane, cuja silhueta lembra copos de chá alinhados atrás de um bule. Este monte tornou-se símbolo da vila e guia natural para viajantes e nómadas.

Passear por Agdz é descobrir a vida simples do sul de Marrocos. O souk semanal enche-se de cores, especiarias e artesanato; os cafés oferecem o tradicional chá de menta; e as casas de adobe lembram a arquitetura berbere, resistente ao tempo e ao calor. Nas redondezas, destaca-se a Kasbah de Tamnougalt, uma fortaleza histórica que já foi centro administrativo e palco de encontros tribais, hoje em parte preservada e aberta a visitas.

Apesar da sua modéstia, Agdz é um ponto estratégico para quem deseja explorar o Vale do Dráa, conhecido como o maior palmeiral do Norte de África, e para os que seguem rumo às dunas de Zagora e M’Hamid. É também um local ideal para sentir a hospitalidade marroquina em alojamentos familiares e casas tradicionais, onde cada visitante é recebido como parte da comunidade.

Agdz não é apenas uma paragem no mapa — é um convite a abrandar o ritmo, a contemplar a força da paisagem e a mergulhar numa das regiões mais autênticas e preservadas de Marrocos

segunda-feira, 9 de junho de 2025

2025 Rima com Cambodja e Laos !

Viajar para o Camboja é como embarcar numa jornada entre o passado e o presente. Este país Asiático encanta com seus templos ancestrais, paisagens exuberantes e uma cultura rica e acolhedora. Vamos lá planear mais esta viagem.

Vamos lá!!

dia 7 de junho saio de Lisboa, para o Dubai são 8 horas de viagem. A emoção de mais uma viagem mexe sempre comigo.

após hora e meia de espera no Dubai, rumamos mais 8 horas de voo até Banguecoque .

confesso que estou curioso em conhecer Banguecoque antes de rumar até ao csmbodja, serão os Primeiros 3 dias destas férias.

E não me enganei!

Comer em Banguecoque é uma aventura à parte. Do pad thai de rua às refeições em rooftops com vistas estonteantes, cada prato tem uma história. 

Seguimos para um local que para mim era mítico, obrigatório ir e visitar quando se visita Banguecoque.

Falo do famoso Rajadamn

Mais do que apenas um local de lutas, o Rajadamnern simboliza a força cultural do Muay Thai na Tailândia.

Os gritos das apostas, os aplausos após boas sequências e o som da música tradicional criam uma atmosfera eletrizante e, ao mesmo tempo, sagrada. Foi realmente uma noite única. Entrar nesta atmosfera foi fantástico! Vale bem a pena visitar!

Foi uma experiência fantástica , vários espetáculos dentro de um só! Magnífica noite!

entrar no Rajadamnern é mergulhar num universo que pulsa com história e cultura. Desde a arquitetura tradicional até o som hipnótico da música ao vivo — com instrumentos como o sarama e o pi — tudo ali evoca a alma tailandesa. Cada combate começa com o wai kru, uma dança ritual executada pelos lutadores para homenagear seus mestres e os espíritos do ringue. Não é apenas um aquecimento: é um momento de conexão espiritual e respeito ancestral.

Localizado no coração de Banguecoque, o Grande Palácio é uma das atrações mais impressionantes da Tailândia. Construído em 1782, foi a residência oficial dos reis siameses por mais de 150 anos. Este complexo abriga templos, salões reais e o famoso Templo do Buda de Esmeralda (Wat Phra Kaew), considerado o mais sagrado do país.

no coração de Banguecoque, o Grande Palácio é uma das atrações mais impressionantes da Tailândia. Construído em 1782, foi a residência oficial dos reis siameses por mais de 150 anos. Este complexo abriga templos, salões reais e o famoso Templo do Buda de Esmeralda (Wat Phra Kaew), considerado o mais sagrado do país.

Visitar a Chinatown de Banguecoque é mais do que um passeio turístico — é uma experiência sensorial intensa, que mistura tradição e modernidade, espiritualidade e comércio, sabores e histórias. Para quem deseja entender a verdadeira alma multicultural da Tailândia, este bairro é obrigatório

Cambodja

O mais famoso dos templos, Angkor Wat, é muito mais do que o cartão-postal do país — é um símbolo nacional, estampado até mesmo na bandeira cambojana. Construído originalmente como um templo hindu dedicado ao deus Vishnu, Angkor Wat foi, ao longo dos séculos, absorvendo influências budistas, o que reflete a riqueza espiritual e cultural da região. Sua arquitetura impressiona: uma fusão harmoniosa entre engenharia precisa, simbolismo religioso e arte detalhada, esculpida em cada pedra.

As Pessoas, sempre as pessoas, ha algo de especial no modo como nos fazem sentir em casa, mesmo estando tão longe. No Camboja, aprendemos que a verdadeira riqueza está na generosidade do espírito. E por isso, as pessoas cá são inesquecíveis, simples, humanas e extraordinárias.

Esta é a parte principal da viagem, as pessoas, ultrapassam qualquer por do sol ou qualquer paisagem.

Simpáticos, acolhedores e sempre prontos a ajudar, eles recebem-nos com sorrisos sinceros e gestos de carinho.

Mesmo quando têm pouco, compartilham com alegria.

Visita à aldeia de Kampong Phhluk

Dia de ligação até Kampot

Kampot é uma cidade ribeirinha localizada no sul do Cambodja, às margens do rio Praek Tuek Chhu e relativamente próxima à costa e à fronteira com o Vietname. É conhecida por ser uma cidade descontraída , arquitetura colonial francesa e, principalmente, pela pimenta de Kampot, considerada uma das melhores do mundo.

Durante o período colonial francês, Kampot era um dos principais portos do país, antes da ascensão de Sihanoukville. Os franceses deixaram a sua marca na arquitetura — casas com varandas de madeira, fachadas com azulejos e ruas largas. Esse legado ainda hoje se sente, apesar do desgaste do tempo.

Mas Kampot é mais do que ruínas bonitas. É uma terra de pimenta famosa no mundo inteiro — a pimenta de Kampot, reconhecida pela sua qualidade, já era exportada para França no século XIX e ainda hoje é cultivada de forma tradicional.

Durante o período dos Khmer Vermelhos, como todo o país, Kampot também sofreu. Muitas plantações foram abandonadas, e a cidade mergulhou em silêncio. Só nas últimas décadas voltou a florescer, com viajantes e artistas a redescobrirem o seu espírito boémio e a sua beleza natural.

quando chegas ao paraiso

Koh Rong é uma das ilhas mais paradisíacas do Camboja — e até do Sudeste Asiático. Situada no Golfo da Tailândia, a cerca de 25 km da cidade costeira de Sihanoukville, Koh Rong é famosa pelas suas praias de areia branca, águas cristalinas azul-turquesa e ambiente descontraído, ainda relativamente pouco explorado pelo turismo de massas.

Phnom Penh mistura o caos e o charme do Sudeste Asiático. Há tuk-tuks a ziguezaguear entre carros, mercados com cheiros intensos e templos dourados que brilham ao sol tropical. A cidade respira vida e, ao mesmo tempo, carrega memórias pesadas.

O Museu do Genocídio Tuol Sleng, em Phnom Penh, é um dos locais mais impactantes e dolorosos do Camboja. Instalado na antiga escola secundária transformada na prisão de segurança S-21 pelo regime dos Khmer Vermelhos, o museu é hoje um memorial sombrio e necessário.


Durante o regime de Pol Pot (1975–1979), mais de 17 mil pessoas passaram por este centro de tortura antes de serem enviadas para os campos da morte. 

Hoje, visitar os Killing Fields é um ato de memória e respeito.

É encarar o horror para que nunca se repita.

É ouvir o que o silêncio ainda diz.

Ao nível dos campos de concentração da Europa .

No centro do memorial de Choeung Ek, uma estupa budista guarda mais de 8 mil crânios humanos, expostos como testemunhos silenciosos da barbárie.

Caminhar por aqui é percorrer uma paisagem tranquila, quase bonita — árvores, campos verdes, pássaros a cantar.

Mas o chão esconde valas comuns, ossos que ainda emergem com a chuva, histórias que ninguém consegue esquecer.

Despedida do Cambodja

hello Laos

Luang Prabang não é uma cidade de pressa. É para se andar descalço, ver os monges passarem, saborear o silêncio dos templos, deixar-se levar pelo som do rio e pela gentileza dos locais. É um daqueles lugares que parece suspenso no tempo.

A história de Luang Prabang é antiga, rica e profundamente entrelaçada com as origens do Laos enquanto nação. É um lugar que já foi centro de reinos poderosos, sede espiritual e símbolo de identidade cultural do povo lao.

Segundo a lenda, Luang Prabang foi fundada por Khoun Lo, um dos sete filhos de uma figura semi-mítica chamada Khoun Boulom, considerado o ancestral dos povos tai. A cidade já era um importante centro espiritual e político muito antes de surgir o Laos moderno.

O nome original da cidade era Muang Sua. No século VIII já era habitada, mas foi no século XIII que ganhou mais destaque.

Luang Prabang tornou-se verdadeiramente importante com a fundação do Reino de Lan Xang (“Terra de Mil Elefantes”) por Fa Ngum, em 1353. Fa Ngum trouxe consigo o budismo Theravada do Império Khmer, e a cidade tornou-se um centro espiritual e político.

Foi nesta época que a cidade ganhou o nome Luang Prabang, em honra a uma imagem sagrada de Buda, o Phra Bang, oferecida pelo Império Khmer — um símbolo da proteção espiritual do reino.

Vang Vieng não é só um destino.

É um estado de espírito.

E de mota, sente-se tudo com mais intensidade — o cheiro da terra molhada, o vento no rosto, o calor do sol a bater-nos nas costas.

É o local perfeito para quem procura beleza natural, tranquilidade e uma boa dose de aventura.

Porque no final, o que levamos connosco não são só fotografias, mas momentos únicos que jamais se conseguem transmitir numa fotografía.

E Vang Vieng, com as suas paisagens de postal e o charme sereno do Laos profundo, é um desses lugares onde o coração quer sempre voltar.

Acho que vou voltar, Laos merece outro tipo de abordagem, merece msis tempo , merece ser percorrido!!

Tres Semanas no Sudeste Asiático: De Banguecoque ao Laos, com Alma no Camboja


Foram três semanas intensas, cheias de descoberta, contrastes e momentos que me vão acompanhar para sempre. Começámos por Banguecoque, essa cidade vibrante onde o caos e o sagrado andam de mãos dadas. Em dois dias deu para sentir o pulso frenético da capital tailandesa: os tuk-tuks a ziguezaguear pelo trânsito, o aroma do pad thai na rua, os templos dourados a espreitar entre arranha-céus. Visitámos o Grande Palácio, navegámos pelos canais e deixámo-nos surpreender pelas cores de Chinatown à noite.


Depois cruzámos a fronteira para o coração do Sudeste Asiático: o Camboja. Foram duas semanas a percorrer um país marcado por uma história dura, mas povoado por gente de sorriso aberto e generosidade desarmante. Começámos por Siem Reap, onde os Templos de Angkor nos deixaram de queixo caído. Perdemo-nos entre raízes que engolem pedra e torres que tocam o céu. Seguimos para Phnom Penh, onde o passado recente se impõe com força no Museu do Genocídio e nos Killing Fields. Mas também há vida e luz: mercados animados, pores do sol junto ao rio, monges de laranja vibrante em procissão.


A viagem pelo Camboja levou-nos ainda a Kampot , com os seus ritmos tranquilos, plantações de pimenta e mariscos frescos. E ainda a ilha de Koh Rong, onde os dias terminam com mergulhos em águas transparentes e noites estreladas em silêncio absoluto.


Terminámos no Laos, um país que nos recebeu com serenidade. Passámos 3 dias  em Luang Prabang, onde o tempo parece abrandar. Cada manhã começava com o ritual das oferendas aos monges, e cada dia era uma descoberta: cascatas escondidas, templos serenos, passeios de barco no Mekong. O Laos encantou-nos com a sua paz, os sorrisos tímidos e a beleza natural ainda pouco tocada pelo turismo de massas.


Foram três semanas que pareceram três meses — não pelo cansaço, mas pela intensidade com que vivemos cada lugar. Voltámos com memórias vivas, o paladar marcado por sabores exóticos e o coração mais cheio. O Sudeste Asiático não se explica, sente-se.

E deixa sempre vontade de voltar.